sexta-feira, 24 de abril de 2009

Eu daqui, do outro lado da janela, me vejo paralisada.
Não é um dia triste, um dia desanimado. É um dia renovador.
A chuva, cada gotícula que se bate contra o vidro, quanta vida.
Parei no mundo. O mundo estava sendo lavado.
E chove a tantos dias, que acredito eu, há muita sujeira.
Olhando a chuva, embrulhada em um imenso casaco, me vejo com vontade de nada. Vontade de não fazer nada.
Vontade de pensar, de sentir e nada mais.
Não quero falar, não quero agir.
Venho agindo demais, talvez sem pensar e sem sentir tudo direito. E o dia de hoje me fez parar.
Água.Vida!
Quantos segredos há nessa vida aquariana.
Queria eu, poder ter esse silêncio respondão como arma.
Queria eu, dizer tudo, sem falar nada. Por que ás vezes falo tanto, e não digo nada.
Dia de chuva na janela, consciência na cabeça, as respostas estão aqui.
Não as respostas em si. Mas o caminho tem mais luz. Ta mais limpo, mais leve.
A terra seca está fértil novamente.