sábado, 30 de julho de 2011

A pele banhada por uma meia luz. Pede mãos.

Pede suor. Pede apertos. Pede pele.

Pede mais, sempre mais.

sábado, 9 de julho de 2011

O poeta.


se eu soubesse quem é ele talvez as coisas fossem mais fácil.

mas me parece que ele não é alguém. O POETA é um entidade.
ele não existe aqui e agora.

aqui e agora existe eu e vc. a gente que senta e escreve dia difícil que teve.

vc que dança entre palavras, e vai escrevendo como elas mandam e não como vc as manda.

Parei pra pensar...Imaginei um cara de terno. um terno elegante, branco, escrito, pedaços de cartas, pedaços de objetos, de saudades.

pensei novamente e vi chinelos de couro. uma blusa meio amarrotada pra fora da calça da calça preta. um óculos, uma coluna levemente curvada pra frente.
um meio sorriso constante e um olhar leve, rápido...

continuei pensando e vi um homem, num canto. um outro mundo. onde só existe papel e caneta. uma poesia não vivida. uma espécie de psicografia...

uma mulher, na sua casa. acompanhada de um belo vinho. mentira. um vinho mais ou menos. sozinha. um casaco. ela é bonita... está numa meia luz. e tem uma xícara.

uma mulher, trabalhando em seu escritório, respira fundo, minimiza o trabalho e naquela página em branco do word começa a poetizar. um momento só dela...

uma criança que se esconde, uma criança ali, no quarto... escrevendo coisas lindas da sua imaginação.
e coisas nem tão bonitas assim.


vários amigos reunidos. passando papel de mão e mão. até terminar um poema. sorrisos.

a menina olhando a janela, enquanto chove. e outra vendo o sol. elas falam frases de liberdade.

um mundo de poetas... eu não sei quem é ele.

pode ter também o cara de bermuda tactel, corrente de ouro e que escreve uma linda carta de amor pra menina que todo dia ele viu passar. pra menina que ele ficou. pra menina que namora. pra namorada do amigo.


um momento passageiro como qualquer instante. inteiro e intenso como somente o agora pode ser.

As palavras vão saindo de nossas bocas, vão sendo ditas em instantes que não importa de fato o que está sendo dito. Sei que as vezes não sei o que digo, que as vezes vou falando esperando a resposta sair de mim e as vezes vou escutando o que estão me dizendo sem escutar de verdade. pelo simples prazer de ouvir vc dizer.
eu gosto da voz. eu gosto de olhar vc dizendo. de olhar teus olhos mudando a cada sentimento dito. gosto de ver para onde tuas mãos vão. eu gosto de seguir teu pensamento e perceber que não faz sentido e que genial é isso.


Eu gosto de ouvir nossas loucuras. Eu gosto de ver as taças se esvaziarem e encherem novamente enquanto as palavras se intercalam entre pequenos silêncios, respirações. Uma meia luz, penumbra. música baixa. a música do som completa o som que há em mim. aqui. agora.

perdidas nesse mundo, nos escondemos, aparecemos, nos acompanhamos de pequenas cenas clichês, de palavras nos embebedamos. palavras de amor, de saudade, de raiva, de novidade.

eu to aqui agora. no silêncio de mim. no silêncio que o mundo está fazendo só pra mim... eu to aqui percebendo que isso é o que eu quero.

pequenas cenas clichês, palavras clichês que se encontram em qualquer poema perdido por aí. Palavras que falam de amor, de saudade, de raiva, de não saber e de saber o que se quer. Aquelas velhas frases feitas que falem de liberdade e de uma taça de vinho.

Eu quero o que já vivo. Me entrego. Me assumo.

Minha vida é um velho poema...



um momento. Um momento no meu agora.

Toda minha intensidade e vontade aqui, ali. No instante. Aquele que fica parado no ar como se durasse mais que alguns minutos.

Aquele minuto, precioso tempo. Um tempo sem tempo. Onde eu estive, estou, estarei... num canto do sofá, numa luz que quase não existe. só se vê os contornos e o brilho de pequenas áreas da minha pele. as mãos. as pernas. coxas.

os olhos brilham, e piscam lentamente, uma música que só existe em mim.

existe um copo meio vazio...meio cheio. eu me vejo nele e nem sem pq. nem sei o que de fato há ali. um vinho...

vinho na minha boca.... a vontade da vida. Mas de uma vida pequena. pequena... um mundo com duas taças. minha pele e tuas mãos. minha boca e o vinho. meus olhos e a pouca luz. minha música e os nossos corpos.



terça-feira, 31 de maio de 2011

devaneios

Tu que me queres, me desejas, me tens.

Persegue anseios, vontades, me perde em você.

Me acha nos sonhos, me encontra na pele.

Meu cheiro te chama, minha alma transpira.

Sua boca procura e beija água.

Sou teu vento. Brisa e tempestade.

Às vezes me invoca, outras nem me nota.

Venha em mim aliviar teu, meu, nossos queimar.

Venha a mim sem falar, perguntar. Venha sem procurar...

Posso ser o suspiro da sua respiração, toque, o aperto da mão.

Não me percas, não me procure em você. Não pense.
Eu venho e vou. Vou e talvez não volte.

E quero e espero. E perco a vontade.
E busco, continuo. Inconstante verdade.

Se te quero é pra saciar minha sede.

Se espero é por querer um beijo.

Um beijo, o beijo, apenas beijo.

Eu que muito quis.
Eu que me desfiz.
Me despeço do teu ar.
Renasço em um novo pulsar.


Inspirada na imagem de G. Lobo.

domingo, 29 de maio de 2011

a febre é como um grito do corpo...tudo o que ta trancado vai saindo pelo suor. Se você não chora quando tem de chorar, tem corpo arruma um jeito de te aliviar...

2

chove la fora.chove aqui dentro.
dentro do peito e da alma.

a chuva não lava o mundo. ela se limpa dele.

eu to aqui, chovendo também.
tentando preencher o vazio dentro de mim, percebi que perderia minha identidade. O vazio é o início de tudo. Se eu acabar com ele, perco tudo que vem de novo. E isso eu não ousaria... Descobri numa parte dentro de mim um nada. Um nada onde tudo começa. Onde eu vou pra me esconder e me acho. Um lugar onde não tem pré-conceitos. E onde eu esqueço do que acho que já sei pra poder continuar a aprender...
feliz do escritor, do poeta, do músico que vive o que escreve. Que escreve o que vive... Quem só escreve não sabe o que diz. Viver é a maior arte que a literatura já teve notícias.
Eu escrevo muito.... Nem tudo está aqui.... Nem tudo está escrito.

Eu não poderia. Eu não deveria.

Quem sabe um dia.
‎... quis beijar, beijo. Quis amar, amo. Quis dançar, danço... e se por algum acaso eu cansar, eu me vou. Mas se eu quiser, pode ser que eu volte.
eu não posso ser intocável.
Eu tenho pânico de coisas intocáveis. Pânico de não ser acessível. Eu morro de medo de me falarem algo e eu não sentir nada. Eu não quero ser forte! Eu quero que me atinja, bem no peito, bem na alma. Chorar, sofrer, sorrir. Mas ser e estar. Vem, pode vir...

Se eu fosse falar de amor eu diria...

E ai, nesse momento, eu parei de pensar. E não soube e nunca vou saber o que eu falaria do amor. E talvez fosse algo para todo o sempre, quem sabe uma grande fórmula. Mas por algum motivo eu calei. E não pude dizer o que meu peito, meu coração e minha alma sussurraram em meu ouvido. Como se o amor não pudesse ser dito, mas apenas vivido. Quem fala do amor acaba sempre sem palavras pra continuar a falar... Quem começa nunca sabe como terminar. Por que eu paro hoje, mas amanhã eu posso voltar a amar e a falar.... O amor não começa, não para, não termina no eu te amo. e se eu fosse falar de amor, talvez eu dissesse que te amo, mas isso seria pouco então me calo novamente.

" Cada um chora por onde tem saudade"

E eu choro pela boca. Cada choro uma palavra. Como uma saudade de dizer... Uma saudade de ouvir...

Cada suspiro uma lágrima me sai pela boca. E de tanto chorar fiz um poema.

e, aí o peito aperta. E você sente que é hora de ir embora. Quando a leveza acaba ou você vira rocha, ou vira areia e sai despercebida. Mas...

De repente, você percebe que na verdade ficou no meio do caminho. Que se encaixou naquele espaço, se adaptou a tempestade, a tranquilidade.

Nesse momento sou água. To me adaptando sem notar.

...

Quando a leveza acaba ou você vira rocha, ou vira areia e sai despercebida.

Cansei de ser água. Cansei de me adaptar as rachaduras da tua parede.
Cansei de me afogar em sentimentos meus, teus, deles, nossos...

Quando o fogo chegar... Bem, ele vai chegar...

domingo, 24 de abril de 2011

Eu sorrio!

To rindo alto e bem baixinho. Por que não me sinto mais só... Me faço companhia o bastante.

E se vieres me dizer que sozinha não posso ficar, de você irei rir. Com o universo ao meu redor não ficarei nunca só.

Uma só pessoa não pode me fazer sentir completa. Mas eu sozinha faço o que quiser de mim...

hahaha

domingo, 10 de abril de 2011

chove la fora. chove na janela e aqui dentro. dentro do peito e da alma.

ta forte, arrasta tudo.. a sujeira do chão, a poeira do ar e a beleza da água. Tudo se mistura e fica em movimento, fica estampado na rua pra quem quiser ver.

eu estou aqui...como chuva grossa. molhando quem caminha e quem corre. Envolvendo quem não tem nada a ver com isso e trancando pessoas em casa.

eu to lá fora. eu não estou aqui.

eu to lá fora tomando banho de chuva morrendo de frio e pensando pq é mesmo que eu estou aqui?

Fazendo barulhinhos que relaxam as pessoas, fazendo barulho de dão medo nas pessoas..

Eu to que nem água...só sentimentos.

Eu to me lavando e me banhando nos sentimentos que tão dentro de mim... E de repente tem uma tempestade misturando a calmaria com a inquietação. Tem o sim e o não e eles já não sabem mais quem são.

e eu quero gritar, mas eu não sei fazer isso. Então eu chovo.

e eu continuo chovendo... eu vou me esforçando pra não sei o que. E eu penso que é pelos outros, mas é por mim.

A chuva na verdade não lava o mundo. Ela se limpa do mundo.

eu to aqui... chovendo.

domingo, 13 de março de 2011

meu corpo e minha mente. Se separam... constantemente.


Eu simplesmente não estou mais aqui.


Eu vou adiante. De vez em quando até sinto minha alma saindo do meu corpo.

E ela vai leve. Olha as cores... Viaja entre pensamentos, sentimentos, palavras e canções.

" Rebeca? "

Volto....

"Oi?"




absurdos de mim....

Fui efêmera.

Permaneço efêmera. Profunda, mas efêmera.

Como um linda flor... Uma gérbera.

Flor de campo... Linda e alegre.

mas efêmera.

Só eu sei minhas loucuras. Meus pensamentos. meus olhos vêem o que os teus não podem.

Luzes por todos os lados. Tem uma música constante. Um piano...ele não para. Não para nunca de tocar.

Eu nunca estou só.

Isso te assusta?

Quando eu to no quarto, sozinha...Eu não estou só. Quando eu estou só...eu não estou.

ás vezes eu tenho medo. Mas eu nem preciso... Há sempre quem me dê forças, há sempre o que me proteja..

E o mundo...o mundo é lindo. Eu amo olhar pra ele. As suas correrias, os choros do dia a dia. O cansaço do mundo, meu e seu. O sorriso... as gargalhadas...

a chuva caindo... o sol queimando...o vento levando.

as pessoas que me dão preguiça, que me enjoam, que eu me apaixono e desapaixono. Eu amo isso...eu amo ver tudo isso.

sentir isso.


ver isso. ver o que ngm mais vê.

e mesmo quando não vejo. Eu sei o que está lá. Nunca, nunca é só o que os olhos corriqueiros vêem. Nunca é só aquilo que houve. Nunca é o primeiro sentimento...

é mais profundo, arraigados. Mais... Mais...


olhei as fotos na casa. As fotos espalhadas colocadas pela minha mãe da minha infância.

As fotos forjadas sorridentes. As fotos forjadas...

Olhei por muito tempo. E o tempo me aprisionou. Estou la... como uma cena de filme, meus olhos passaram horas olhando as fotos. A mim mesma. Parada. Trancada. Um sorriso... Uma pose.

Me senti antiga.

Vi anos passando... Mas eu estava la. Parada no tempo. Enquadrada. Vista por um olhar... Trancada num ano, numa hora, num minuto. Um presente eterno. Um presente passado...

Fui posta numa gaiola quadrada. Guardada nas lembranças, vontades e anseios de uma vida que não é a minha. Ela olhará a foto que tirou de mim, olhará o olhar que ela gravou de mim... E sorrirá. Achando que aquela na foto ainda sou eu....

quarta-feira, 9 de março de 2011

Triste pensar que no fim, no fim das contas

você só quer esquecer...

Eu prefiro lembrar.


Não se esquece amor...

terça-feira, 8 de março de 2011

Eu sempre achei que o amor, que o grande amor, fosse incondicional, que quando duas pessoas se encontram, quando esse encontro acontece, você pode trair, falhar, rasgar todas as porradas, mas se for um grande amor ele voltará triunfal, sempre! Mas não, nenhum amor é incondicional, então acreditar na incondicionalidade do amor é decididamente preciptar o fim do amor.
Porque se você acha que esse amor aguenta tudo, então de um jeito ou de outro você acaba fazendo esse amor passar por tudo, e o amor não aguenta tudo, nada nessa vida é assim. Daí você fala que esse amor não tem fim para que o fim então começe. Um grande amor não é possivel, talvez por isso seja grande, então, assim nele obrigatóriamente pode caber também o impossivel , mas quem acredita?

Quem acredita no impossivel, que não apaixonadamente, como no Deus, incondicionalmente.

De de Michel Melamed de "Homemúsica"

segunda-feira, 7 de março de 2011

como mente livre, corpo dançante... Tem sempre alguém querendo me aprisionar.

Parar esses pensamentos amarelos que rodeiam o ar...

Tem sempre alguém para julgar.

Mas eu já não me importo, eu não paro mais...

Danço, saio voando e cantando... Rindo pro mundo.

A maluca e ridícula... maluca e ridícula do amor.

Já fui refém do amor. Hoje sou sua cúmplice.

Ando de mãos dadas a ele. E a vida é mais leve...

Me desfiz das amarras...

Me recomponho a cada novo dia... O passado é passado, ensinou. Mas não é pra ser vivido no presente.

O que não me servia antes, não pode me servir agora.

É fato!

Estou sendo levada ao caminho do amor... Mas o amor, diferente do que a maioria pensa. Não é qualquer lugar onde se fale eu te amo...

É onde o ar é puro, limpo, saudável... É leve e sorridente.

domingo, 6 de março de 2011

história de um amor

Pensando no passado, vim falar dele.

Li o que escrevi no passado... E é triste. É dependente e cinza.

Cinza e lento. Sem ânimo.

Eu pirei. Pirei pq fiquei só enquanto tinha várias pessoas ao meu redor.

Fiquei só enquanto tinha um "parceiro" ao meu lado. Que me deixou num canto escuro e solitário enquanto eu gritava pela mão dele.

Para todos eu estava la pq era chata, pq queria... Ninguém olhava para mim. Todos só me viam de um canto do olho como a menina estranha e maluca que não sabe amar.

E na verdade, eu amei demais. Amei enquanto você me enrolava. Amei enquanto você omitia. Amei enquanto mentia. Amei por mim e por você.

Não que você não me amasse. Você só não sabia me dar esse amor.
Guardou ele pra si. Como garoto mimado e egoísta que acha que amar é fazer o que se quer sem se importar com o outro.

Me lembro do choro. Chorava no carro, sozinha. Chorava no quarto, sozinha. Chorava ao teu lado, sozinha.

Eu esqueci que minha intuição era boa, por que você me fazia sempre pensar que eu era ridícula. Esqueci da minha fé, dos meus amigos e da minha espiritualidade.

E isso realmente me deixou maluca. E nesse caos eu fui indo em direção ao fundo do poço. Nem percebi que eu ia achando que estava de mãos dadas com você, mas na verdade eu estava indo sozinha. Por que quando não se pode lembrar nem que temos a nós mesmos é para lá que vamos.

Eu não tive raiva. Eu não te odiei.

Eu te desejei o melhor que pude desejar a alguém. Eu quis que você crescesse para que aprendesse a amar. Eu quis que você estudasse, virasse homem.

Eu desejei do fundo do meu coração a sua felicidade.

Eu até sonhei que pudéssemos ser felizes juntos.

Vivemos nossas vidas, fizemos escolhas... . Onde me dei conta de como eu era reluzente e feliz.

De como eu tinha vida e era independente.

E é uma delícia receber a si mesma de volta.
É ótimo estar de volta. Contar comigo!

Meus amados amigos, minha fé, Deus, minha espiritualidade.

Minha segurança!

Sorri pro mundo e ele sorriu de volta pra mim...

Você volta a minha vida, então.
Seguro, querendo me ter...

Me trazendo tudo que eu quis, que eu sonhei... Mostrando que agora, agora tudo vai andar.
E eu sorri.

Sorri e quis abrir os braços. Tentei receber você, mas junto vem muita coisa. Coisa do passado... Vem o cinza.

Eu não posso mais. Minha alma, meu corpo, mente, coração não podem mais.

Ta tudo desgastado. Cansado disso. Cansado da vida que você leva.

Comigo, o cara dos meus sonhos. Longe, o cara de sempre. E o cara de sempre eu vejo de longe... Sinto o cheiro dele. E o cheiro dele me faz mal... O cheiro dele enche meus olhos de lágrimas. O cheiro dele aperta meu coração. O cheiro... O cheiro que vem através da ligação... aperta a boca do estômago.

Meu coração não deixaria eu me jogar novamente nessa escuridão. Eu não preciso mais disso.

A confiança foi destruída lentamente e cada pedacinho se esvaiu.




E mesmo com tudo... Com toda a dor, eu sempre vou te amar.

Aprendi a amar com você. Aprendi o que era amor com você. Aprendi a tomar cuidado com tanto amor.

É engraçado como você chegou e, mesmo depois de tudo, conseguiu deixar meu coração dividido. Isso que é força!

Mas... não dá.

Quando você sai de perto volta a ser o velho garoto de semprel. E o velho garoto de sempre não tem mais nada a me oferecer.
O cara de antes vai ter sempre de se dividir entre os amigos e eu. Por que somos muito diferentes. E isso não dá. Isso não ta certo.

Ele vai ter que se dividir, pq ele nunca será um só. Comigo um, com eles, outro.

Assim você também seria infeliz, e isso eu não quero. Nem você!

Hoje, seremos amigos.

Ofereceremos o que de melhor temos um ao outro.

Por que, mesmo depois de cada detalhe e lágrima. Eu não ousaria esquecer você.

Nem tentar...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

chorei por ter perdido vc. Chorei por te querer demais e não ter.

Chorei tanto...

Chorei agora pq não pude mais continuar. Mesmo quando, enfim, vc me dava tudo o que eu pedi...

E continuo chorando pq não sei o que fazer.


De tão ferida, de tão machucada eu entreguei a batalha. Parei de lutar...

Lutei tanto tempo, lutei sozinha...

E me acostumei de fato a estar só.

E agora, agora eu não posso abrir mão.

Talvez eu esteja sendo covarde, mas o fundo do poço realmente me dá medo... Medo pq eu estive lá.

Comigo é sempre tudo ou nada. É sempre muito ou pouco... E pouco não me serve. E se eu não posso me doar mais por inteira, como eu posso amar assim?

Logo, eu... Que só sei amar...

Só sei amar toda. E tudo.




domingo, 27 de fevereiro de 2011

hoje escolhi não me magoar...


E acabei chorando...
Amor de perder a cabeça...

Perdi a cabeça... A alma... A vida.

Ganhei juízo... E prometi a mim nunca mais perder a cabeça assim.

Talvez, esse tipo de amor só se deva ter uma vez na vida.

Mas tem que ter...

Assim aprendi a amar. Amei loucamente, intensamente.

Em primeiro lugar na minha vida vinha você...
E isso me matou.

E isso me salvou... Eu que de tanto amar enlouqueci.

E de tanto enlouquecer aprendi a me amar.
Hoje, amo esse amor.

Mas só perco a cabeça se for por mim...

há um escudo.

Mas que se desfaz toda vez que a palavra amor surge.
Quando uma gota de amor se derrama sobre, ele derrete.

E quando ele se vai, outras lágrimas vem.
Minhas lágrimas são meu escudo se desfazendo.

Quando se tem de escolher entre magoar e ser magoado, eu tiro o escudo e atinjo a mim mesma...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O passado é como uma brisa leve.
Volta e meia vem brisar sobre nossa face. Fazer nossa mente flutuar e o coração apertar.




Mas o passado brisou tão forte que se fez presente.


Brisou tão forte que foi tempestade... E agora me vejo perdida. No limbo do tempo.

Não sei se estou aqui e agora ou se vivo minhas lembranças.

Não sei se ando pra frente, ou se estão dando passos para trás...

Não sei se passado é presente, futuro ou se... passou...

Meu presente que parecia tão forte. Agora me pregou peça. Se misturou com o passado pra ver se sei do futuro... E, pois é... Eu não sei.

Eu que vivia o que estava sendo apresentado, me peguei sendo apresentada ao passado. Uma nova roupagem, mas o passado. E fui.

E agora, como é que faz pra viver no presente o que já passou?

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Eu sinto..

Sinto os meus pensamentos, os meus sentimentos, o olhar. A minha respiração...

Respiração.

Vai e vem...enche e esvazia.

calma...firme.... leve...dança bonita do ar com o corpo.

Eu sinto minha alma, e a sua...

Eu sinto os dedos querendo perceber cada palavra, cada pensamento...

Eu sinto palavras.

Eu sinto olhares.

Olhares rápidos, costumeiros. Intensos. Horas olho no olho.

Horas olhando no seu olho.

Horas olhando no meu olho.

Eu sinto minha mão deslizando, acariciando meu corpo. Meu rosto...

Um dedo desenhando meus traços... fecho os olhos. Respiro.

Os braços... Os dedos deslizam como se fosse um seda, deslizam como que se não pudesse tocar realmente. Os seios....Um arrepio.

Os dedos se contem levemente, sutilmente. Mas não param...

Sinto meu olho me chamar. Olho no espelho...

a mão vão encontro do seu reflexo.

Eu sinto...

Eu sinto um abraço... Um cheiro....

O olho pesando...

Um olho... um olho em mim.

encara meus olhos, desce e olha minha boca. Ela fica quente e vermelha...
Nenhum movimento a não ser dos olhos... O olho passa pelo meu ombro.

O olho desce pela cintura, vendo discretamente o peito, a barriga......

A luz é pouca...Mas ela existe. E eu sinto ela.
A energia da pouca luz. Energia suave...

o olho puxa a mão...

A mão aperta.

aperta o meu braço.

Aperta...
a respiração ofega.

forte, intensa, rápida.

A respiração muda.

Eu sinto...

eu sinto tudo.

(...)

e enquanto eu pensava no que fazer, as coisas simplesmente aconteciam.

Eu pensava em fazer e assim, sem notar, escrevi coisas de amor.
Pensava no que fazer e quando vi um sorriso.

Falei coisas sem sentido...

vivi.

Corri em direção a um abraço. Tive idéias e fiz planos.

Sorri.

O sol me banhou.

Deitei e decidi não fazer nada. E foi bom.

Pensava no que fazer e decidi não fazer.
Decidi estar.

Não fiz. Mas pensei... De alguma coisa isso já há de servir.



sábado, 22 de janeiro de 2011

o que seria o amor se não uma vontade.
um desejo. um aperto. uma saudade.

uma mão, um beijo, um abraço, corpo, alma e ardor.

o que seria o amor se não tudo.

e o nada.

e o tudo do nada e o nada do tudo.

o que seria o amor se não não ser palavras.

não caber em palavras.

o amor é tudo que pode ser dito, e o que não pode ser dito.

muito mais o que não pode ser dito.

é o que é feito.

o que é mudado.

o que é falado.

como é tocado. como é olhado.


o amor...

o amor...

é tudo.






e nada.






o tudo do nada e o nada do tudo.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011



Leve. silencioso.

gargalhadas de arco-íris.



andar na terra. Numa estrada qualquer que me leve pra qualquer lugar.

toque. sinta.

sensibilidade.

você vai pelo céu e eu vou pela terra.

mas quando eu voar.... quando eu voar...

voa comigo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Muitas dúvidas deixas em meu coração.

Sempre foi assim e mesmo na distância parece permanecer a sensação...

Nunca fui a menina que fica esperando sentada, sozinha no banco da praça solitária.

E seria mais fácil se eu fosse.

Difícil é amar, lutar pela mulher que segue em frente. Luta e não para.
Que vive a vida...

Talvez, eu tenha sido a menina por um tempo e isso tenha dado a falsa impressão que eu sempre seria...

Mas se assim fica mais difícil de amar, sei que os que amam ficam.

Se assim é mais difícil de amar não cobro que me ames, mas não queira minha alma...

Não queira minha dor.
Eu não a darei mais...

Silêncio, continuo andando...

Chorosa talvez... Mas passa. Tudo passa.

Já passei por situações piores enquanto entregava minha alma, minha dor, meu coração, mente, respiração e viver.

Se esse é preço que pago por ser minha, pago muito bem pago.
Correram lágrimas.

Lágrimas da mente e do coração

Meu rosto foi encharcado pelas águas da minha saudade.

Dias de dar tchau, e adeus.

Dias de me desapegar.

Semanas intensas em que digo olá e adeus a muitos.

Semanas em que escuto um adeus ecoar e nada poder fazer a não ser olhar.

Ultimamente as pessoas tem ido e eu tenho ficado. E não o contrário como de costume. E isso me lembra que logo, logo eu vou de novo...

Coisas acontecem, lágrimas correram, sorrisos se abrem.

Guardo na lembrança nossa família de semanas... Sentados à mesa, fazendo uma excelente refeição, sorrindo, cantando, amando... Colombiano, amapaense, mineiros, brasilienses...
Brasil, América, Mundo.

Nossa pequena família me emociona. Nossa família de janeiro.

Porque a família da vida é o mundo! Eu sei...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Como bom vento que sou preciso ir logo. Passar pro outros lugares, assoprar outras árvores... Ser brisa em outras faces.

Como bom fogo preciso de mais palha para continuar viva.

Como boa água preciso de espaço pra correr e ganhar força.

Como boa terra preciso renovar pra crescer.

Seguir...andar. Não me apegar.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Não escondo nem os meus defeitos.

Sorrio menina, sorrio mulher.

Fortaleza, rio sereno. Sempre em mudança, nunca as mesmas águas. Dá alívio quando se entra. Mas nunca se sabe tudo o que há no fundo.

Vento leve... Aquele vento que sopra o rosto, levanta os cabelos, disperta sorriso.
Um furacão.


Um vôo no desconhecido. Um salto no abismo.

A mão de ajuda.

O abraço fraterno.

O olho amigo. O olhar de predador.

A dança do vento, a batida do pé no chão.

O fogo na alma, a água na aura.

O fogo nos pés, a terra na mente.

O fogo nas mãos, o ar no coração.

Um sopro.

Um sopro que dou em todo coração que passo.

Um sopro de amor.

Um sopro de carinho.

Um sopro.

Força.

Eu sou um rio.

Minha correnteza é forte pra te lavar, mas leve pra não te carregar comigo.

Mas se chover, entre não. Olhe de lá e passe a mão, os dedos em minhas águas.

Se chorar na minha beira, pego tuas lágrimas pra mim. Te puxo pra dentro e as troco por um sorriso.

Eu sou o Sol.

Te aqueço. Conforto. Vida!

Uma centelha...uma centelha de vivacidade.

Mas se me ver arder, não me apague. Incendeie.

Se me ver queimar, se afaste....apenas olhe a distância.

Eu sou o Vento.

Acaricio. Danço. Te convido a dançar.

Não me desafies. Eu te desequilibro.

Não tente me segurar, eu escapo entre teus dedos...

me sinta. respire. Apenas um momento. Intenso!

Eu sou a Terra.

Força.
Chão.
Te dou firmeza, confie em mim.

Construo.

Cresço.

Posso até desabar, mas começo tudo de novo.