sábado, 9 de julho de 2011

um momento passageiro como qualquer instante. inteiro e intenso como somente o agora pode ser.

As palavras vão saindo de nossas bocas, vão sendo ditas em instantes que não importa de fato o que está sendo dito. Sei que as vezes não sei o que digo, que as vezes vou falando esperando a resposta sair de mim e as vezes vou escutando o que estão me dizendo sem escutar de verdade. pelo simples prazer de ouvir vc dizer.
eu gosto da voz. eu gosto de olhar vc dizendo. de olhar teus olhos mudando a cada sentimento dito. gosto de ver para onde tuas mãos vão. eu gosto de seguir teu pensamento e perceber que não faz sentido e que genial é isso.


Eu gosto de ouvir nossas loucuras. Eu gosto de ver as taças se esvaziarem e encherem novamente enquanto as palavras se intercalam entre pequenos silêncios, respirações. Uma meia luz, penumbra. música baixa. a música do som completa o som que há em mim. aqui. agora.

perdidas nesse mundo, nos escondemos, aparecemos, nos acompanhamos de pequenas cenas clichês, de palavras nos embebedamos. palavras de amor, de saudade, de raiva, de novidade.

eu to aqui agora. no silêncio de mim. no silêncio que o mundo está fazendo só pra mim... eu to aqui percebendo que isso é o que eu quero.

pequenas cenas clichês, palavras clichês que se encontram em qualquer poema perdido por aí. Palavras que falam de amor, de saudade, de raiva, de não saber e de saber o que se quer. Aquelas velhas frases feitas que falem de liberdade e de uma taça de vinho.

Eu quero o que já vivo. Me entrego. Me assumo.

Minha vida é um velho poema...